Thursday, December 22, 2005

A Louca Testemunha

Estou em uma casa velha. Casa de serviço de proteção às testemunhas. E ela ficava onde é o auditório do Pedro II, a posição dela. Ela possui dois cômodos: um com uma beliche e outro com uma cama de casal. Em cada um dos quartos uma televisão. No que tinha beliche havia uma televisão Philco 14” (exatamente como a que eu tinha) e na do outro quarto era uma grande marrom 20” da Philips (como já tivemos aqui em casa, a nossa primeira TV a cores).

Estou na parte de cima do beliche e as pessoas que estavam comigo vão embora. Decido juntar os colchões das três camas e assistir a TV no cômodo da TV maior, embora a imagem a TV de 14” seja melhor, e fico na dúvida. Quando estou indo pro tal cômodo chegam 3 pessoas: uma mulher, louca e outra com uma menina. As três são testemunhas de um crime, ou vão denunciar na justiça os maus tratos e as condições de vida das empregadas domésticas. A imagem do julgamento corre na minha cabeça.

A louca parece ser testemunha chave e vai pro quarto menor, mas começa a falar muitas coisas e a começar a desmentir o que viu, que não tinha certeza se foram os tais garotos que cometeram o assassinato. Vou saindo do quarto e vendo a louca falar e a mulher com a criança também fazendo conta de que está prestando a atenção na louca. Depois ela fecha a porta e deixa a mulher falando sozinha.

Nisso eu falo que é perigoso deixá-la trancada, ainda mais com a televisão. Ela pode ter um surto e quebrar tudo. A moça concorda, mas como ela já fechou a porta não decide abri-la mais. E eu fico frustrado porque queria ver a TV em uma boa imagem e fico assistindo a TV 20” em imagem ruim, cheia de chuviscos. Depois eu saio da casa e passo pelo corredor de onde era o antigo auditório.

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