Sunday, September 13, 2020

Fala, Galvão

 Eu estou assistindo a um jogo de futebol na tv, narrado pelo Galvão Bueno. O jogo acontece durante a noite e parece ser da seleção francesa de futebol ou algum time local daquele país. Eu estou vendo o jogo normalmente, quando a câmera muda o enquadro para perspectiva em primeira pessoa, em posição horizontal. Eu acho que aqulo será breve, mas noto que esse enquadramento dura mais tempo que o comum e aquilo me deixa irritado. De repente não estou mais assistindo ao jogo, eu estou no campo.

O campo está em um lugar claro, é dia. E ao invés de ter uma aparência de um grande campo de estádio de futebol, ele parece com um campinho de bairro, com muitas flores perto dele e os jogadores franceses, também pretos, estão jogando ali, enquanto observo na posição do gol.E aí penso: engraçado que ao vivo o jogo é mais simples, não parece ter aquela pompa toda que há na televisão.

Ao lado do campo há um cemitério com lápides brancas, também sob a luz do sol.Só que acima deste cemitério há uma grande construção, como se fosse um camarote em forma de nave e ali é noite. Ali estão os espectadores do jogo. Eles estão mais distantes do campo para não atrapalhar. Eu me surpreendo, pois sempre achei que os espectadores estariam mais próximos.

Sunday, June 07, 2020

Pousada

Eu e JC estamos conversando em algum lugar que desconheço no momento. Por algum motivo falamos sobre "solavancos". Pergunto-lhe então:

- E por falar em solavancos, lembra-se de quando fomos a São Pedro da Serra e aquela estrada pra lá toda esburacada, a gente balançando no ônbus?

- PQP!

Não sei porque, a partir dali decidimos ir a São Pedro da Serra mais uma vez. JC chama um Uber, mas faço uma advertência, que a corrida vai ficar cara para lá, que era melhor irmos de ônibus. Mas ele me diz que é melhor o Uber que dá menos problema e será mais tranquilo e que ele não quer ir de ônibus de jeito nenhum.

Dentro do Uber o uberista conversa muito. Eu e J falamos as coisas que queremos de forma neutra, para não dar a entender o que vamos fazer no nosso destino. Lá pelas tantas digo a J:

- Antes de te conhecer fazia uma outra ideia de você.
- Ah é, que ideia?
- Depois quando chegarmos eu desenvolvo melhor isso contigo.

Falo ainda no intuito daquele ser um assunto privado. Eis que em 20 minutos chegamos em São Pedro. O motorista presume que é a nossa primeira vez lá e, que por isso, deixará a gente na praça principal porque é fácil de ir para os outros locais. Mas já sabemos onde é a pousada onde queremos ficar e ela fica a alguns metros antes da praça. Hesito em ter que descer na praça ou antes, mas no fim das contas tanto eu quando J falamos para o motorista nos deixarmos na estrada mesmo e assim fazemos, ainda que o motorista se preocupe com o fato de estar chovendo.

Ao sair, percebo as árvores altas do lado direito da estrada e que, atrás delas, há um campo de futebol vazio. Penso que as pessoas ainda estão hesitantes em jogar ou o tempo as afastou. Mas na verdade o que é é uma garoa muito fina,. dando a impressão de que o céu está mais orvalhado. A cidade parece maior, mais ampla e plana com algumas outras serras ao fundo da paisagem.

Eu e J atravessamos a estrada, mas sinto dificuldade em reconhecer a entrada da pousada, pois não há indicativo dela. Mas J a reconhece e vamos em direção ao portão.

Ao chegar lá, há uma casa atrás e outra do lado no quinal. Três senhoras com vestidos simples e um senhor acena pra gente como que nos reconhecesse. Eu consigo olhar acima do muro para saber porque está demorando para alguém nos atender. Penso "será que essas senhoras estão esperando eu falar algo? Mas não vou gritar daqui, porque não tem cabimento. Alguém deve vir até aqui"

Há um alvoroço de cachorros vira-latas, eles pulam no muro, latem, fazem festa,. Daí me dou conta de que o senhor foi na casa do lado para pegar a chave abrir o portão. Assim ele o faz e os cachorros fazem festa do lado da gente. Um deles tenta fugir e J me chama a atenção para por o pé e não deixar o bichinho fugir. Faço isso e dá tempo por senhor fechar o portão de volta.

Então hesito e deixo para J falar o que queremos. Eu fico com medo porque acho que será uma viagem bate e volta e pedir um lugar que vai ser por algumas horas dará a impressão de que estamos ali para transar. Mas ao mesmo tempo me lembro que da última vez pedimos a diária, que é a única forma possível e J já havia me dito que queria ficar mais tempo ai. Então ele pede o quarto e o sonho termina.

(...)

Ps: Acho que mais uma vez retornei a esse sonho, mas na parte em que estamos esperando as pessoas nos atender, JC fala que a galera na região ou tem preguiça ou ainda não se deu conta de que a quarentena acabou e que assim já poderiam estar no clima de trabalho, e não vestidos com roupas de quem fica direto em casa.

Ps 2: Duas músicas deste sonho: 16 Toneladas do Noriel Vilela e I Know this time is for real da Donna Summer.

Wednesday, June 03, 2020

Mayo 14


Estou em casa, mas de repente estou em um dos quartos de um edifício vizinho, onde morava um amigo, na minha infância.

Eis que aparece R, sem camisa e de cueca branca, marcando a rola. Eu me surpreendo ao vê-lo chegando perto de mim e me abraçando. Notamos que não há ninguém no apartamento. Ele chega perto de mim e me abraça.

Fico hesitante e ao mesmo tempo com tesão. Ele fica de frente pra mim e se esfrega em mim, insinuando beijo. Ele me olha profundamente, com muio desejo e eu fico intimidado, duvidando se aquele olhar é verdadeiro. Temo que aquilo acabe. Ele diz que sou lindo . Eu digo que acho o mesmo dele e reparo que ele está sem barba. Noto cada detalhe do rosto dele e digp-lhe que, ao contrário do que ele pensava antes, ele era muito bonito sem barba. Ele sorri.

Ps: Acordei com Controller do Hercules and the Love Affair na cabeça, essa música parecia estar no sonho também.