Saturday, September 27, 2014

O narigudo

Estou na rodoviária indo em direção ao Sul. Eu escolhi a última poltrona do ônibus. Vejo algumas mulheres sentadas esparsamente lá atrás também e um homem bonito, narigudo, baixinho de corpo parrudo. Entro no ônibus e vejo que infelizmente ele não está tão perto de mim.

Ao sentar nas poltronas vejo apenas ele e os lugares ao meu redor vazio. Ele olha pra mim e não sei como começamos a puxar papo. Já está sentado do meu lado enquanto na poltrona em diagonal do lado oposto há sua tia conversando comigo também.

Descubro que ele é de Curitiba, mas que morou um tempo em alguma cidade do interior do Sul. Ele me fala da sua vinda para o Rio atrás de trabalho, mas que estava indo de volta para Paranaguá, onde tinha oportunidade de trabalho. A tia dele pergunta se estou fazendo o mesmo, supondo que sou de lá também. Dou uma gargalhada e digo-lhe que sou carioca, mas que tenho parentes nos extremos do Paraná: em Paranaguá e Foz do Iguaçu. A conversa prossegue.

Ele solta umas insinuações, mas não me deixa claro o que ele quer.

Daí estamos em um prédio, subindo escadas, como se desse acesso a uma cobertura. No caminho ele diz que tem vergonha de fazer pegação no banheiro e eu dou uma risada no estilo "me engana que eu gosto". Então, quando estou quase descobrindo o interesse real dele, ele continua a contar os degraus e sua fala inicia no número 69.

Na cobertura há uma pequena piscina. Ele se apresenta à instrutora, uma mulher gorda, baixa de meia idade. Ele diz de onde é e então me apresento a ela. Digo-lhe meu nome e ela já me diz "Ah, eu já te conheço. Eu também sou de Araruama". Aí eu a reconheço e começamos a conversar. Daí já estamos em um navio de cruzeiro e ela me diz que tinha arrumado um trabalho ali. No momento ela está com crianças em uma pequena piscina, mas ela garante que é possível praticar natação ali. E sorri feliz por saber que tanto eu e o narigudo gostamos do mesmo esporte. Saimos juntos, rindo como dois namorados com interesses em comum.

Ps: Ao acordar noto que o homem do sonho tem o rosto muito parecido com o do Pedrinho, ex jogador do Vasco nos anos 90.

Saturday, March 15, 2014

Caminhão baú

Estou em um certo lugar, que se parece com os fundos de uma casa, com um quintal bonito em que está minha irmã. Conversamos um pouco, enquanto ela parece preparar um churrasco. Oz me chama pra sair e eu fico no dilema se saio ou se fico ali conversando com ela, já que não a vejo há um certo tempo. Depois de algumas ponderações eu decido sair.
Então estou no alto de um caminhão-baú, sentado. Ele é dirigido por um homem que não me recordo quem era. Eu penso em ir para algum lugar de praia, plano, mas ele disse que antes passaremos pela serra. E o caminhão segue passando pela serra de Petrópolis, parando um um ponto e depois em outro. E o caminho é sinuoso e em certos momentos, o motorista se lembra de me perguntar se minha cabeça bate em alguma árvore, mas lhe digo que consigo me desviar delas de boa.

Este outro ponto é um sítio, uma chácara com uma casa muito bonita. Há poucas árvores nela e a paisagem é meio árida, diferente da exuberância que há na serra. O motorista fala para eu descer, mas que não demoraremos ali.

A casa então parece ser de amigos do Átilas de São Paulo e ele em certos momentos parece estar comigo e, quando o dono da casa chega, amigo dele, não.

O dono da casa é um homem grande, careca, gordo, alto, de cerca de 40 anos. Acho que já o tinha visto antes por conversas via Skype ou algo assim. Ele está vestido muito arrumadinho, de camisa polo, bermuda, tênis branco, meia.

Antes dele vir falar comigo ele vai fazer xixi no banheiro que fica bem junto à sala onde estou sentado. E me estranha o fato dele fazer isso de porta aberta. Eu curioso, observo, mas ele joga o corpo para frente, impossibilitando de que eu veja mais.

Então desse o primeiro rapaz, branco, magro, barbinha que se aproxima do dono da casa, que acabara de me cumprimentar rapidamente. Eles rapidamente esfregam os paus um do outro no banheiro e então saem. O rapaz se senta numa cadeira próxima a minha e o dono da casa sai.

Desce uma série de outros rapazes. Todos me parecem ser amantes do dono da casa. Alguns preferem cumprimentar o Átilas antes de vir falar comigo. Só um que fala espanhol vem falar comigo direto, em que eu respondo com um “Hola, como estás” e ele chama a atenção de alguns desses amantes, acho que o único rapaz negro entre eles, para vir falar comigo. Os cumprimentos são sempre sem força. Frágeis.
Daí o rapaz que está sentado na cadeira parece ser meu conhecido. Aparecem algumas meninas e uma delas senta no colo dele. Ela lembra da época em que ele era famoso e dizia que não tinha como acreditar no romance dele com uma garota, um romance de fachada, enquanto ela parece ser a namorada nova dele. Eu estranho tudo aquilo porque ela sabe que ele é gay, mas insiste em ser sua namorada.

Outras meninas aparecem e sinto que naquele lugar as pessoas usam drogas, mas evitam de fazê-lo na minha frente, coisa que comento com Átilas. E então chega uma outra moça que fala que experimentou maconha, mas que achou ridículo o estado em que ela ficou e eu levanto a mão para concordar com ela, por sermos, talvez, os únicos naquele grupo que não usam drogas ilícitas.


Mais pra frente, ela e outra moça falam a respeito da Larissa Maciel, de saber algo dela, de bastidores e eu comento que a única coisa relevante que ela fez na TV foi a minissérie Maísa, que depois ela foi pra Record onde ela não era ninguém. As meninas então me puxam pra conversa e continuam a trolar a atriz...