Thursday, July 19, 2012

No apartamento

Estou em um apartamento. Meu apartamento novo em algum ponto do Rio que desconheço. Tem um aluno meu lá e quero mostrar-lhe o local, mas ele já está cansado e com sono e decide dormir na poltrona, mesmo sabendo que havia mais cômodos e com cama onde ele poderia descansar.

Olho a janela da frente da casa e vejo que tem uma vista bonita. Minha mãe está em um dos quartos e minha irmã em outro. Ela pede a minha companhia. Fico um pouco com ela e depois vou ver o resto do apartamento.

Olho a vista dos fundos e há uma paisagem plana, sem nada. Aquilo me faz sentir bem, a paisagem é bonita e tudo o mais.

Depois ergue-se um novo empreendimento imobiliário em frente à janela dos fundos. É um imenso conjunto residencial em Guarulhos voltado para a nova classe C. No andar de baixo há um centro comercial, acima dele os apartamentos e na esquerda vários túbulos gigantes, como os do Moinho Atlântico. Pergunto a um arquiteto amigo meu para que servem e não me lembro exatamente da resposta.

Em seguida aparecem umas bichas deslumbradas falando que esse meu amigo pegará as obras dos dois prédios, pois o que eu moro vai passar por reforma e pintura. De repente noto que a parte dos fundo onde estou é um corredor muito estreito e a visão do novo prédio e dos tubos me causam certa claustrofobia combinada com um medo de cair, já que a perspectiva dos tubos me dão uma noção maior de profundidade. As bichas dizem que cor deve estar a parte da minha varanda de trás e eu as olho com reprovação, achando aquilo de uma futilidade absurda. O arquiteto disse que se pegar aquelas obras, algo que ele não tem certeza (só as bichas) não vai mudar as cores, para não descaracterizar o projeto original do prédio que moro, que é antigo. Fico feliz e me dou conta que, de fato, aquele espaço é meu.

Payback












É noite e tenho que ir pro Osmar para Jacarepaguá. Ele me diz que temos que ir por São Cristóvão, pegar uma kombi em um determinado ponto e seguir até a estação de metrô. Depois ele me informa que deve descer em frente a um supermercado. Eu desconheço tudo, então deixo por conta dele o fato de saber onde devemos descer.

Carrego uma mochila preta mais cheia e entre algumas coisas há uma banda de melancia dentro dela.

Quando a Kombi chega, eu me sento no banco do carona, por estar com a mochila e achar que ali tem mais espaço. O motorista já alerta que não tem troco. Osmar lhe dá o dinheiro certo da passagem e tento ver se tenho trocado, mas não tenho. Dali eu peço 10 centavos restantes que faltam para o Osmar e ele me entrega um maço com 4 notas de 10 reais. pergunto o preço da passagem ao Osmar e ao motorista, que é R$5,75, que eu acho caro para uma distãncia curta. No entanto penso que se esperássemos o ônibus demoraríamos muito e justamente os motoristas das kombis cobravam esse preço por conta da demora dos ônibus. Devolvo-lhe trinta e digo-lhe que usarei os 10 para inteirar. De repente vem uma sequência de trocos e arranjos que no fim das contas consigo pagar a passagem e devolvo integralmente o dinheiro de Osmar.

Depois partimos por São Cristóvão, com ruas estreitas e cheias de prédios velhos. Depois ao descermos a sua mãe está no ponto de carro nos esperando só que ao entrar no carro na verdade estou sozinho com Alexandrina. Ela fala da dificuldade que é andar por ali a pé, pois sempre tem um cobrador da Kombi enchendo o saco querendo passageiros. E para quem está de carro, eles fazem a vez de flanelinhas e, para evitar o assédio delas, ela diz que está indo para o trabalho. Assim eles pensam que ela vai estacionar o carro na própria empresa, quando na verdade ela dá voltas no quarteirão, enquanto eu não chegava, como forma de despistar esses flanelinhas.

Wednesday, July 18, 2012

O velho



Parece cena de novela. Há dois homens em uma saleta de um apartamento de um velho rico. Eles conspiram algo e ao mesmo discutem. São comparsas.

De repente, em meio a uma discussão, um deles deixa cair do carpete um cristal. Parece ser bem caro, é feito de pedras preciosas. Um deles recolhe os pedaços e coloca-os dentro de um copo de vidro. E ele diz ao o outro: caia fora daqui. Estava excluindo-o do plano de ter a fortuna do velho rico.

Neste exato momento aparece o velho: "por que você está expulsando-o?". O que estava par ser expulso está perto de uma lareira com o copo na mão fingindo que bebe água. E o velho diz: "sei muito bem que vocês estão tramando contra mim e de mim não levarão nada".

O velho olha para o que está com o copo. Ele diz que está bebendo água, mas o velho sabe que ele está mentindo e que ali há os cristais. Então ele como para disfarçar, diz ao velho que estava protegendo os cacos ali para depois dar ao velho e evitar que ele fosse pego por espertalhões.

O velho pega o copo e diz que nenhum deles há de ficar com a fortuna dele. E que aqueles cristais valem milhões. E antes que alguém pense em pegá-los após a sua morte ele diz que deixou em testamento a sua vontade. E ele olha para mim.

Faz algumas perguntas sobre duas pessoas que estão comigo, onde elas moravam. E me faz a mesma pergunta e eu lhe respondo "Na Glória!". Ele olha surpreso para mim "Na Glória?" E eu digo "sim, do lado fo Hotel Glória, o sr deve conhecer". Ele diz que nunca esteve no hotel por dentro, mas o conhecia e acertou o nome do prédio onde morei bem como se recordava de meu pai. Daí ele faz qualquer pergunta sobre o tempo e restrinjo a resposta: "Morei lá durante 30 anos na verdade  e isso inclui o período de sua pergunta, de 18 a 27 anos. Hoje eu moro em Araruama". Daí ele me pergunta: "E não era exótico morar ali do lado do Hotel, de frente para o Aterro, praia..."

Eu lhe respondo: "Senhor, quando se mora em um lugar desde que eu nasci, nada me parece estranho, nada é exótico."  Resta ao velho, resignado, concordar.