Friday, November 27, 2015

Supermercado

No supermecado estou na seção de açougue e frios. Tem um refrigerador em que estão dispostas várias carnes. Primeiro vejo uma carne de primeira na promoção, mas daí hesito e parece que perdi aquela promoção, já que aquela carne não está mais lá.

No lugar eu vejo carré cortado em pedaços. Então começo a comparar o preço dele com o da carne de boi, hesitante porque em casa só eu como carne de porco. E eu fico pegando na carne, que está sem embalagem, e colocando de volta disfarçadamente, para não parecer que estou sujando-as com minhas mãos.

Daí eu um homem com uniforme de bombeiro pega uma embalagem que parece ser a de batatas cortadas em rodelas e congeladas. Eu pego algumas, só que fora da embalagem. Então, para não colocar de volta no refrigerador-balcão, eu as pego e coloco num daqueles sacos com furos de colocar pão e vou atrás do arame para prender, que está em uma prateleira inferior onde estão os sacos plásticos.

Só que eu estou sem cestinha e o mercado está muito cheio, parece ser época de final de ano. Vou pelo corredor lateral e passo pela Lurdes, que diz que tá pegando as cervejas para o churrasco mais tarde. Eu então penso que terei que comprar as coisas que precisam ser repostas na despensa.

No caixa uma mulher passa a cestinha por baixo do balcão, retira algum pertence dela e entendo que ela  não vai mais usar a cestinha. Eu a pego e coloco o saco com as batatas e vou mais tranquilo para fazer compras.

Penso nas coisas que faltam: milho e atum. Vou para a seção de enlatatos e lá vejo extrato de tomate e decido pegá-lo, bem como queijo ralado que está ali perto. Então pego o último vidro de milho - já que penso que nós usamos mais milho que ervilha na cozinha- e penso em pegar o dueto milho e ervilha que ainda há nas prateleiras. E vejo que preciso comprar atum e que sardinha ainda tem.

Como vejo umas poucas latas de sardinha e aliche em conserva eu me agacho para ver as latas de atum.

Nesse instante para perto de mim um rapaz bonito, moreno de cabelo grande (parece um estudante de faculdade que está sempre com violão) e sorri para mim. Eu me levanto e ele pergunta quantos anos eu tenho. Eu estranho, mas o respondo, 37. Ele sorri e pergunta meu nome e eu digo: você está muito curioso, quantos anos você tem? Ele me responde: 19. E faz menção de sair. Só que eu chego perto dele e pergunto a razão de tantas perguntas e ele me diz que quer me conhecer melhor. Ele me olha bem nos olhos. Ele diz que é de Leão, eu dou um sorriso e digo que é meu ascendente. Ele me olha e me beija rapidamente. Vejo que ele tem um cigarro de maconha na mão esquerda e mesmo jovem, parece ter mais de 19 anos. Daí ele sorri e resolve me dar um beijo mais demorado no mercado.