Wednesday, August 01, 2007

Fast Food

O Rodrigo vem com o Marcus aqui em casa. Tinha marcado com eles. Eles me chamam para ir no Bob's (ou algo do tipo) só que na hora digo que não posso ir pois estou dando uma aula. Eles me perguntam se quero algo, e peço para eles trazerem um lanche de lá, para viagem. Depois que eles partem minha cabeça fica se perguntando "pra que os chamei se não posso acompanhá-los? o objetivo meu é comer ou a companhia deles?".

Estranhamente estou na fila do Bob's com eles. O Rodrigo está imediatamente antes de mim e conversa com a moça do caixa. Vejo a tabela de preços, e o meu lanche, creio que um Trio Big Bob, está por R$ 8,90.

Enquanto isso alguém se lembra, acho que o Marcus, de uma promoção passada no qual todo mundo que comprasse qualquer coisa ali ganharia uma porção pequena de batatas-fritas e que o Rodrigo foi pedir a dele, por ter comprado algum desses trios, para o rapaz que o atendia e que ficou em dúvida, ou deu uma resposta mal-educada do tipo "a promoção é para tudo", como se o quisesse chamá-lo de idiota ou algo do tipo. E por ter inventado tal promoção o mesmo cara que atendeu ao Rodrigo nessa promoção passada foi despedido com apenas 1 ou duas semanas de emprego.

Voltando ao "presente", e à fila do caixa com a moça, o Rodrigo diz a ela que sempre pede a mesma coisa, que se não me engano é a combinação mais cara entre os lanches. A mulher faz uma cara do tipo "sim, e daí?", mas Rodrigo nem se incomoda com ela e saca um cartão para pagar a conta e pergunta o que eu vou pedir. Digo-lhe que pedirei a tal promoção, enquanto olho para a tabela na direção lateral do caixa e para o balcão cinza prta. Estou no Bob's mas a mulher tem uniforme do Mc Donald's. Puxo uma nota de 10 reais para pagar e pergunto qual a diferença do meu pedido pro do Rodrigo. A mulher faz a mesma cara de "deixa de ser idiota" e diz que só mudam os tamanhos dos sanduíches, batatas e a quantidade de refrigerante. Decido então por esta promoção, que custa algo em torno de R$ 47,90 e a minha nota de R$ 10 se transforma em uma nota de R$50. O Marcus olha pra mim com uma cara de "Didi, você não está gastando muito?" mas digo-lhe que não é todo dia que faço aquilo.

Depois estou na casa do Marcus, com eles me trazendo o lanche em embalagens "para viagem"e ai sim, estou conversando com ele, olhando nos olhos e finalmente mais tranqüilo por saber que, de fato, estávamos ali para conversarmos.

Wednesday, July 25, 2007

O cofre

Eu entro no Banco do Brasil da Rua do Catete. É um corredor estreito em um prédio e ali descubro que é uma agência especial em que são guardadas coisas de valor em um cofre e que há todo um aparato de segurança para isso. Quem me explica isso é um homem careca de uniforme cinza, como a cor do portão do prédio. Converso com ele como quem estivesse fazendo uma pesquisa e, enquanto isso entram alguns papéis em um cofre. Documentos importantes em folhas de papel de impressora matricial verde.

Pergunto ao careca como saio do banco e ele me diz que terei que fazer um caminho maior, porque não se sai pelo mesmo lugar onde entra. Depois disso estou em uma sala de reuniões com GB. Lemos uma série de papéis, umas perguntas de interpretação de texto relacionadas com o trabalho. Ele me diz "Odilon, a letra c do número 3 eu sei fazer, mas o resto tá difícil". le ainda fala de algumas questões para resolver com a Soraya, que era a pessoa que fazia dupla com ele. Eu não entendia nada, pois ele falava comigo como se eu soubesse da tarefa e da divisão das duplas para resolver aquelas questões, em duas cpopias de papel que parecem saídas do tal cofre. Eu estava sem a pessoa da minha dupla.

Desesperado em resolver aquelas questões e sem entender nada me vejo na mesma mesa com GB só que em uma sala de aula do Pedro II. A professora - meio parecida com a Soraya de química com a Judite de história- está sorridente e fala que sentiu a minha falta. Tenho a impressão de que matei muitas aulas...e ela vai falando sobre os trabalhos e as pessoas que já tinham entregado antes mesmo do semestre anterior terminar. Enquanto isso ela começa a tecer uma série de elogios ao meu texto, a minha interpretação que vai me deixando ruborizado, enquanto GB olha para mim com uma cara de contentamento.

Friday, June 29, 2007

Run to the sun

Estou na frente de um portão que dá acesso a um terreno baldio e reconheço que ali funciona uma universidade. Éa USP, embora nada se parecesse com ela. Alguém do lado de fora do portão pergunta a dois rapazes com uniforme de educação física - um calção azul e camiseta regata branca - se ali funciona o curso de Educação Física da USP. Os rapazes do lado de dentro confirmam. O que estava do lado de fora pergunta algo sobre o currículo, algo que tinha a ver com um currículo mais avançado, mas os meninos, com cara de estudantes secundaristas dizem que o ensino ali é técnico e com a aparência de uma aula de Educação Física comum, como as que acontecem nas escolas.

Enquanto isso percebo uma incoerência: no fim do terreno vejo o mar e digo aos rapazes que ali não pode ser São Paulo, pois existe a praia. Penso estar em Santos. Entro pelo portão, atravesso o terreno gramado - mal cuidado- e vejo a praia. Da areia observo o mar e fico com medo de um outro sonho meu recorrente: penso que virá um grande tsunami. Todavia o que ocorre é que as ondas vão atingindo distâncias maiores da faixa de areia à medida em que vou recuando. Me afasto e a água cobre mais areia, até não restar nenhuma faixa de areia e, então, começo a subir os degraus de pouca altura e bem largos que separam o terreno da praia.

Cansado de sentir medo, olho para o mar e digo "ei, peraê, esse sonho é meu, então sei que este mar sou eu". Comparo com o sonho dos ets, e decido encará-lo de frente e então o mar se abre em duas colunas, como a mítica passagem de Moisés pelo Mar Vermelho. Passo, mesmo com o receio de que as colunas se desfaçam e eu morra afogado. Vou em direção ao sol, no fim do horizonte. Quando me aproximo do sol vejo uma bola escura , com alguns pontos brancos, se assemelhando ao mapa celeste. Decido entrar dentro desse buraco-sol. De repente acordo em uma cama de hospital em um cenário que lembra a cozinha da casa da minha tia em Anchieta. Os médicos dizem que eu saí do coma. Tiro o tubo que está em minha boca e decido andar até outros cômodos do tal hospital, mesmo sabendo que deveria ficar em observação. Encontro outros homens negros em uma espécie de box, nus e enquanto eles respondem a algumas perguntas de alguém -seriam médicos? - vamos nos tocando, até a pessoa que faz as perguntas sair e ficarmos os três nos tocando.

Tuesday, April 10, 2007

Faxina

Estou no apartamento da dona Nina, mas na realidade é o novo lar do Luis e a Lena. Estou com ele em momento completamente romântico, troca de carinhos, afagos e beijos na sala de jantar próximo ao carrinho de chá que ela tinha. A Lena aparece com uma vassoura na mão e diz para sairmos dali pois ela está fazendo uma faxina - consigo ver a poeira acumulada dos outros cômodos- e que vai precisar limpar ali. Me sinto inútil por não estar ajudando-a, mas ela faz a faxina com vontade. Dou-lhe um abraço e olho nos olhos dela e digo o quanto ela é bonita. Ao mesmo tempo ela fica maravilhada pelo fato de eu ter expressado afeto de uma forma tão espontânea, coisa com a qual não estava acostumado a fazer...

Monday, April 09, 2007

Fachada


Espero o ônibus no ponto aqui de casa. Há 2 ou três idosas comigo no ponto. Quero ir para Copacabana, mas em princípio espero pelo ônibus que vai pela orla porque é mais rápido. Um ônibus passa por fora e o 572 - que não vai pela orla - pára porque as senhoras fizeram sinal, embora ele pare um pouco mais na frente. Elas vão para o ônibus, que está um pouco cheio mas com lugar para sentar e decido ir com elas. O motorista abre a porta de trás para elas entrarem mas elas decidem entrar pela frente, passar pela roleta usando o RioCard. Faço o mesmo. Olho para o ônibus e percebo que há um lugar vazio com a alça de trás pintada em vermelho - que é assento especial para idosos, gestantes e deficientes- e tem outros lugares vazios na parte de trás do ônibus. Retiro o meu RioCard do bolso que está em forma de bexiga de aniversário e decido colocar no bolso e não na carteira enquanto sento. Ao meu lado vejo a Suzy ajeitando a "bexiga RioCard" dela enquanto vejo um video explicativo sobre como conservar aquele cartão. Fala que devemos sempre puxar a ponta superior da bexiga para evitar que a mesma resseque, e vejo a Suzy fazendo isso. Fala que devemos conservar o cartão na carteira para evitar ressecamento e decido fazer isso, enquanto na rua vejo um homem que aparentemente cortou a sua bexiga sem danificar o chip interno que permite a leitura do cartão.

Enquanto o ônibus passa vejo uma fila enorme e pessoas revoltadas próximo ao Edifício Seabra na Praia do Flamengo. Dois prédios antes do Seabra para ser exato. Ali funciona uma repartição - será que é para retirar o RioCard? - que se encontra fechada. Ao que parece as obras no edifício Seabra- que apresenta uma janela no último andar estilhaçada- acabaram forçando ao abandono do outro prédio onde funciona a tal repartição.

Do ônibus eu fito a paisagem da orla de prédios e me lembro do Alex falando de como o "skyline" do Rio é cinza embora sejamos uma cidade tropical. Olho para a parte de trás do ônibus e vejo o Centro da cidade com a vista panorâmica cinza. E comento com alguém que aquilo era para imitar americanos sem respeitar a nossa identidade. Mais à frente no edifício branco perto da farmácia há pedreiros retirando o reboco branco do prédio e mostrando o colorido original (vermelho). Alguém dá entrevista para uma emissora de TV, algo como o RJTV e fala da iniciativa da prefeitura em recuperar a estrutura original dos prédios. Ele comenta que não pode fazer de todos os prédios de forma imediata, mas que essas reformas darão um novo visual para a orla da praia, aproveitando a luz solar que refletirão bem as cores, já que se trata de um país tropical e o colorido dos prédios tem mais a ver com as nossas características.

Em seguida estou em casa digitando um texto para colocar no blog criticando um hábito carioca de dizer que São Paulo é uma cidade cinzenta e que nós com todo o sol, diferente da outra capital, não aproveitamos o potencial e deixamos tudo cinza. E que mesmo em São Paulo que tem uma aparência cinza vi uma presença maior de prédios coloridos do que no Rio. Na minha cabeça vem a imagem de um prédio moderno com uma pilastra inclinada vermelha, um pouco parecido com o MASP, só que menor e em uma rua bem arborizada.

Sunday, April 01, 2007

Entertainment Tonight


Planejo o meu novo programa. Fofocas de celebridades. Penso em traduzir direto do Entertainment Tonight (ET), por causa da logomarca em colocar uma frase em português com ET que fizesse sentido...algo iniciado com "eu". Lembro-me do TV Fama e digo que quero um programa diferente, apesar de ser o mesmo tema. Nada de imagens vagabundas em slow-motion do Big Brother Brasil. Um outro lado meu pensa em filmar as imagens direto do computador, via you tube, mas digo que não. Todas essas idéias passam em uma televisão em uma casa. Digo que quero comentários sobre jogadores de futebol, pois isso atrairia o telespectador do sexo masculino...quero fazer algo diferente e ao que me parece o programa passará na Band.

Em seguida estão anunciando, fazendo uma propaaganda de uma nova TV por assiatura, dentro do banheiro, a Suzy Rego e o Celso Portioli em estilo SBT. Eles anunciam que você paga a assinatura por 4 reais e ganha uma cartela tipo telesena que corre pela Loteria Esportiva todo sábado. Enquanto isso eu faço xixi em um mictório que parece um grande porta-sabonete líquido quebrado, enquanto ele vai falando. Elogio o fato de do lado do mictório ter uma saboneteira (essa sim funcionando) para lavar as mãos. De repente há um outro homem moreno sem camisa - os apresentadores da propaganda sumiram- fazendo xixi ali. Beijo-lhe o pescoço e digo a ele que sairei dali pra ele ficar mais à vontade. Ele diz que não faz diferença e me faz segurar no pau duro dele dizendo-me que estava louco precisando fuder. Dou uma risada e me lembro que ele tem um grupo de amigos - são três ou quatro- e que eu já transei com todos.



Vou com ele para a cama grande em um quarto. Já não é mais o moreno, mas um cara alto, musculoso, careca (cabeça raspada). Estamos transando loucamente quando ouvimos o barulho do portão da casa. Ele diz para não me preocupar porque deve ser a Mariana, faxineira da casa. Peço para ele confirmar isso e de longe espiando pela varanda- que na realidade é um grande terraço- é de fato a Mariana. Ele vê de longe para que ela não possa vê-lo nu.


De repente ele corre do quarto e desce as escadas de madeira escuras até a sala, antes que Mariana o veja e volta com uma toalha. "Esqueci deste detalhe" ele me diz, como se a toalha fosse pra ser usada depois que a gente gozasse. A toalha tem um pedaço que emperra na porta de vidro mas ele consegue dar um jeito.

Ouvimos passos de Mariana subindo as escadas e como o vidro é transparente precisamos cobrir com algo para que ela não nos veja transando. Cubrimos o vidro com redes, puxando as varandas das redes para que ela não veja nada. Mesmo assim ela sobe e eu fujo para o pequeno banheiro que há no quarto.

Mariana cisma com o cara de que começaria a faxina no banheiro. Para que ela não me veja eu vou me afastando e tentando me esconder por trás de varandas de rede. Em vão...porque ela se aproxima cada vez mais. A minha solução final é lançar um raio desintegrador nela que a envia para uma chamada quarta dimensão, onde não há nem comprimento, nem largura nem altura. Ela se desintegra e o cara fica preocupado. Eu digo-lhe que ela ficará ali temporariamente e que depois que terminássemos ela voltaria e se esqueceria de toda a cena voltando para o mesmo ponto em que ela estava antes, isto é, o momento em que ela entra na casa. Digo a ele que ainda poderia usar outro raio, mas que como ainda estava lendo o manual de instruções eu só sabia usar aquele raio desintegrador. E voltamos para a transa.

Friday, March 30, 2007

A casa de paredes amarelas

Estou na sala grande de uma casa e alguém parecido com meu pai diz que a casa a partir de agora é minha e terei que cuidar dela. Existem instruções que depois vou me lembrando na medida em que arrumo a janela da sala: ajeitar bem as cortinas e depois passar o vidro translúcido com aquele relevo "sanfonado" para que não fique nenhuma fresta. A única fresta possível é de um buraco em forma de losango no alto, quase chegando no teto bem acima da janela. Ele é fechado por uma madeira que roda e devo deixá-la "meio aberta" para deixar a luz do sol passar. Na medida em que vou fazendo isso o dia está clareando. No momento em que vou ajeitar a tal madeira - depois de ajeitar as cortinas e a tal janela de vidro- sinto que a peça está frágil. Tento recolocá-la mal emporcamente e consigo, ainda que esteja tosca...e a luz do sol entra pela janela...

Sunday, March 25, 2007

Pilhas inclusas


Estou andando pelo Centro do Rio, uma grande avenida, muito movimentada. Penso em como fazer meus exercícios, 3 vezes por semana na acdemia e dois dias de caminhada. Estou caminhando com A. quando um mulato alto sem camisa – está calor – passa e o cumprimenta. Ele é seco ao responder a saudação, pois o cara manda um beijo ou algo do tipo como gracinha e A. não gosta.

A partir deste ponto a avenida parece com a Almirante Barroso só que mais larga e estou na companhia do meu pai. Penso em fazer as caminhadas todos os dias, mesmo no frio – consigo me ver no Aterro caminhando com uma estranha roupa de frio vermelha- será bom pois me manterá desperto. Sigo com ele por ali naquele ponto mais tranqüilo pois penso que será melhor pegarmos um táxi ali com tranqüilidade para irmos para casa já que meu pai não pode fazer muito esforço por conta da operação.

Atravessamos e chegamos do outro lado. Passamos por algumas lojas de materiais eletrônicos e meu pai pergunta “está precisando de pilhas?” . Eu falo “não pai, já tenho lá em casa”. Depois hesito e olho para a vitrine da loja do meio “Pai acho que vou querer pilhas novas sim, feito as tuas que é da Sony, marca melhor que as Leadership que eu tenho”. Decidimos entrar na loja do meio (eram 3 lojas justapostas).

Na loja pergunto o preço do carregador com as pilhas e o rapaz com má vontade fala um preço que é impossível entendê-lo. Algo como 300. Pedimos para ele repetir 3 vezes o preço, a última estou com meu pai na porta da loja quase saindo, quando meu pai diz que está muito caro e assim viramos a esquerda e fomos para loja vizinha.

Na loja da esquerda, bem parecida com a loja anterior os produtos são mais baratos e os vendedores atendem melhor. Porém eu encontro um carregador preto de parede pequeno, mas com tamanho para pilhas minúsculas e não para as pilhas AAA que eu quero. Decidimos então ir para a primeira loja, a que fica à direita da loja do meio. Eu cismo com meu pai que já deveríamos ter começado pela loja vizinha para seguir uma seqüência, sendo que ele me diz que foi pela lógica dos preços, algo assim, pois já conhece aquela área tradicional em vender esse tipo de produto.


A loja tem um corredor estreito longo. Este corredor termina em um grande salão térreo com vista para a avenida. No salão existem várias baias como as de firma de telemarketing, como moças atendendo com headsets. Quando procuro pelo meu pai para ver o preço eu já o vejo sentando no lugar de uma das moças com um scanner de mão vendo o preço das pilhas no computador dela. A moça sai como quem vai buscar as pilhas, que custam, com o carregador R$ 99,90.

De repente vejo a mesma moça na frente da loja, que é a Kalunga, com uma série de pastas vermelhas e pequenas caixas de cartolina. Meu pai fala que a moça foi buscar as pilhas no depósito na parte superior da loja. Quando a moça regressa – é outra mas é a mesma – ela chega com uma embalagem transparente contendo uma pilha Leadership – justamente a marca que eu não queria – em tamanho maior que as que eu tenho. Pergunto pelo carregador e ela diz que não tem, enquanto no fundo da loja alguns vendedores testam pilhas da mesma marca em um carregador parecido com o que eu tenho em casa.

Friday, February 16, 2007

Segunda Chance


O homem está parado no caminho que ladeia a praça. Tem o rosto do mesmo ator famoso que sonhei no fim de 2003 em outra situação. Ele está vestido de preto, morto e os 3 anjos atrás dele dão uma chance dele voltar à vida exatamente no dia que ele iria conhecê-la pela primeira vez. Foi um encontro marcado, mas parece que em vida ele não foi conhecê-la. Era uma nova oportunidade dada pelos 3, de terno, gravata, altos, magros, um branco e dois negros. O homem hesita um pouco, o carro dela parado no cruzamento que sai da minha rua e que vai em direção à Avenida Beira-Mar. Ela parada espera. As imagens têm um tom um tanto cinza, como vídeo de fita gasta. Ele finalmente decide ir ao encontro dela.

Sunday, February 11, 2007

Supermercado II

O jornal na televisão anuncia com um certo estardalhaço que jovens de classe média encontraram um novo point para o tráfico de drogas: o supermercado. Aparecem imagens de circuito interno de TV dentro do supermercado e de alguma forma consigo ver a fachada do supermercado Zona Sul de Ipanema, o da Praça General Osório. Em meio a imagens de jovens comprando maconha e ecstasy no corredor que vende comidas congeladas, vejo imagens de outras pessoas passando no caixa, mas comendo chocolates e biscoitos sem pagar. A reportagem muda de assunto e fala do prejuízo que esse tipo de prática dá aos supermercados.

Enquanto isso já estou no mesmo supermercado com meu pai. Ele quer passar um vasilhame branco pelo caixa sem pagar. "Pai, o senhor não viu a reportagem? Isso não está correto!". Quando meu pai passa pelo caixa a moça fala que ele vai ter que pagar pelo vasilhame, alegando que se ele estivesse vazio ele não pagaria, mas o vasilhame está cheio de gasolina e por isso deveria pagar. Ela me mostra dois cupons fiscais em amarelo, um com o preço da compra sem o vasilhame que ela tinha batido inicialmente, em torno de 33 reais, e outra com o preço da gasolina, que aumentou a conta para 53 reais. Do lado dos preços dos produtos na nota há uma descrição detalhada sobre eles e ela me diz: quando for fazer compra não se deve pensar só no
aspecto quantitativo, o preço, mas também no qualitativo: as palavras. Depois meu pai dá para moça do caixa 10 reais pra caixinha de natal , e tanto eu quanto ela pensamos que estamos em dezembro. Mas depois nos damos conta que já estamos em janeiro. A saída do mercado lembra o das Sendas do Flamengo.

Tenho que arrumar as comprar e enquanto estou na expectativa de pegar algumas sacolas e meu pai outras, me dou conta que, por conta da operação dele terei que carregar todas. Em princípio coloco 2 sacolas na mão esquerda e 3 na mão direita. Só que percebo que na mão esquerda tem muita sacola pra pouco peso, então decido colocar a alface, que estava sozinha em uma sacola, dentro de outra e consigo pegar uma das sacolas da mão direita e equilibro, assim, o peso delas.

Vou andando com meu pai por um estacionamento na Tijuca. Um calor forte. Penso que pegaremos um taxi, mas ele decide ir de metrô, para minha insatisfação. Na parte lateral há uma igreja e vemos, no estacionamento, um camelô vendendo água. Reclamo da sede. Meu pai pergunta se não quero comprar água, mas digo que não senão vai me dar vontade de fazer xixi.
Prefiro beber a espuma que está em uma das sacolas, e ela mata minha sede.

No caminho para o metrô, temos que passar por uma velha galeria. Dentro dela há uma loja que vende chocolates. Meu pai oferece uma caixa de bombom serenata de amor, mas opto por uma barra de chocolate branco com castanha de caju. Quando eu vou pegar a barra, que está sob várias outras barras de chocolate, a pilha quase desaba. Meu pai se estressa, mas consigo evitar a queda e pegar o chocolate que eu quero.

Depois entramos em uma saleta onde há varias pessoas assistindo à Sessão da Tarde na televisão. Estão reprisando Cocoon e vejo vários velhos como Don Ameche e Jessica Tandy saindo da televisão como se fossem espíritos. Sai também uma mulher loira, mais nova, e estranho, pois achei que só os velhos poderiam ter aquele poder. Eu os sigo e vejo um portal em estilo romano, quadrado, de portas fechadas e os espíritos passam pela porta, entram no portal sem precisar abrí-lo. Fico parado olhando para os dizeres em estranho latim do portal enquanto vários espíritos, não só o dos velhos passam por ele.

Wednesday, January 31, 2007

O Corvo

Há uma pornochanchada na TV. Aliás acho que estou dentro do filme e não sei. Há um homem na beira do rio feliz porque 3 mulheres estão prestes a ficarem desnudas. Elas tiram a roupa, sendo que uma delas fica só de calcinha e sutiã. Ela está grávida. Eu me impressiono e pergunto para mim mesmo como a Censura deixou passar aquilo? Ao mesmo tempo há uma sensação de curiosidade e as três tomam banho.

Entro no Rio e lá longe vejo C. nadando, de sunga vermelha, e me chama para fazer companhia a ele. Eu fico preocupado porque há uma correnteza e uma queda d'água (retílinea, quadrada como as de cascatas de hotel/motel) prestes a levá-lo e ele não se dá conta disso. Eu decido salvá-lo e uma das mulheres diz algo como "vai lá, socorra ele". As águas criam uma espécie de resistência contra minha caminhada, mas sigo em frente.

Enquanto caminho, M se transforma em um corvo, me pega pelo bico e me suspende dizendo "você vai precisar da minha ajuda". Junto resgatamos C. , mas ao deixá-lo no alto do morro com sinais de afogamento não é mais C. que está lá, mas sim meu ex, com um bigode. Quando afirmo para M (agora na forma humana) quem ele era, eu, ele e uma série de pessoas que estavam em volta do corpo decidimos abandoná-lo.