Saturday, December 19, 2015

Aparências




Estou dentro do carro com o Daniel, mas ando por um Rio de Janeiro estranho, diferente. Parece que estive ali em outros sonhos. E passo por um túnel, que não é o Rebouças e liga dois bairros desconexos, sendo um deles o Jardim Botânico. E passo por duas vezes em frente à sede da Globo, mas é fora do Jardim Botânico. E o carro segue.

O nosso objetivo é ir para uma festa, na Gávea. Daniel me diz que pelo tempo que estou em Araruama eu conheço apenas um trecho do caminho. Daí estou na rua Jardim Botânico e quando penso em entrar na Padre Leonel Franca, estou na Estrada dos Bandeirantes. Daí penso que estamos em direção à Barra da Tijuca, mas aí só passamos por alguns metros e estou na frente de um Shopping, com o nome de Shopping da Gávea, mas é um lugar gigantesco.

Desço com Átilas do carro e vamos em direção à bilheteria. É entardecer e ao olhar pro céu já é noite. Observo as claraboias no shopping que é gigantesco. Antes disso, ao descer, vejo que tem uma galera LGBT toda descolada e fico preocupado por achar minha roupa muito simples para poder ir à festa.

Vou andando com o Átilas até a bilheteria. Lá há um segurança fazendo a vez de bilheteiro e há um impasse se pagaremos juntos ou não. Há uma discussão sobre o desconto e o ressarcimento de parte do ingresso. Daí pago o preço de 30 reais do ingresso e por fazê-lo com uma nota de 50, recebo 20 reais do troco e guardo.

Átilas decide então fazer uma hora no apartamento de uns amigos que moram em um prédio anexo ao shopping até a hora da festa. São dois irmãos e parece que eles irão com a gente.

Ao entrar no prédio fico cismado, pois é um prédio elegante com um forte sistema de segurança. Daí o porteiro reconhece ele e abre a porta para nós, que entramos com uma senhora. Pegamos o elevador, mas já não noto mais a presença dela. O elevador é estranho, pois ele sobe em diagonal, quase horizontal e parece ser muito moderno.

Ao sair do elevador vejo que na verdade estou em um prédio mais modesto, com vários apartamentos por andar, bem diferente da imagem inicial que eu tinha dele. E ao descer um lance de escadas, uma senhora abre a porta do apartamento e nos cumprimenta. Parece ser a mãe dos rapazes.

O irmão mais velho nos recebe e aponta para o quarto onde está o irmão mais novo. Ele é moreno e está sem camisa e tem certa beleza. Mas eu me antipatizo de cara com ele: é falastrão, arrogante e fica jogando videogame em uma tv antiga. Acho irônico alguém que estava ostentando riqueza na fala ter uma TV antiga para seus jogos. Átilas se junta com ele para jogar, enquanto deito e olho para uma varanda, fingindo que estou dormindo.


Daí chega o padrasto com um insuportável discurso machista, perguntando quantas mulheres o enteado pegaria na desta e tudo o mais. Eu olho para o lado e vejo Átilas perto de mim e balbucio que quero ir embora, mas finjo dormir enquanto eles (o padrasto e o enteado) reparam em mim. O cara ainda fala sobre os motivos da morte do pai dos rapaz, algum tempo antes e uma das suspeitas é que pelo fato dele estudar demais, afetou o sistema neurológico dele. E sinto uma certa tristeza no rapaz mais novo.

Levanto e peço ao Átilas para ir embora, pois não quero ir na festa com aquele rapaz insuportável. Na despedida meu humor muda e tenho uma conversa agradável com o rapaz e o irmão.

Saímos, descendo as escadas e Átilas me pergunta porque eu mudei de humor. Eu lhe digo que eu sou bipolar, que meu humor varia daquele jeito sem explicação e que no fim a presença dos rapazes já me era agradável.

Eu peço mil desculpas por ter estragado a possibilidade de irmos à festa, mas o Ti me diz que não tem nada demais. Ele anda bem na minha frente e eu tento descer as escadas.

Nos últimos degraus, perto da portaria, eles ficam cada vez menores e eu quase caio. A Alessandra Maestrini está ensaiando uma personagem com uma senhora e ela , na forma da personagem, ri de mim dizendo qualquer coisa, por estar um tanto desastrado com os degraus. Eu a reconheço, apesar de ela estar um pouco mais velha e os cabelos soltos, despentados e desato a conversar com ela.

Saímos pela rua, ela me abraça e vamos conversando amigavelmente. Eu a elogio pelo fato dela criar personagens de forma física, tal como o Ney Latorraca fez com o Barbosa na TV Pirata. Digo que meu espanto foi o mesmo com a nova personagem dela na TV. Rimos e continuamos abraçados conversando amigavelmente.

Friday, November 27, 2015

Supermercado

No supermecado estou na seção de açougue e frios. Tem um refrigerador em que estão dispostas várias carnes. Primeiro vejo uma carne de primeira na promoção, mas daí hesito e parece que perdi aquela promoção, já que aquela carne não está mais lá.

No lugar eu vejo carré cortado em pedaços. Então começo a comparar o preço dele com o da carne de boi, hesitante porque em casa só eu como carne de porco. E eu fico pegando na carne, que está sem embalagem, e colocando de volta disfarçadamente, para não parecer que estou sujando-as com minhas mãos.

Daí eu um homem com uniforme de bombeiro pega uma embalagem que parece ser a de batatas cortadas em rodelas e congeladas. Eu pego algumas, só que fora da embalagem. Então, para não colocar de volta no refrigerador-balcão, eu as pego e coloco num daqueles sacos com furos de colocar pão e vou atrás do arame para prender, que está em uma prateleira inferior onde estão os sacos plásticos.

Só que eu estou sem cestinha e o mercado está muito cheio, parece ser época de final de ano. Vou pelo corredor lateral e passo pela Lurdes, que diz que tá pegando as cervejas para o churrasco mais tarde. Eu então penso que terei que comprar as coisas que precisam ser repostas na despensa.

No caixa uma mulher passa a cestinha por baixo do balcão, retira algum pertence dela e entendo que ela  não vai mais usar a cestinha. Eu a pego e coloco o saco com as batatas e vou mais tranquilo para fazer compras.

Penso nas coisas que faltam: milho e atum. Vou para a seção de enlatatos e lá vejo extrato de tomate e decido pegá-lo, bem como queijo ralado que está ali perto. Então pego o último vidro de milho - já que penso que nós usamos mais milho que ervilha na cozinha- e penso em pegar o dueto milho e ervilha que ainda há nas prateleiras. E vejo que preciso comprar atum e que sardinha ainda tem.

Como vejo umas poucas latas de sardinha e aliche em conserva eu me agacho para ver as latas de atum.

Nesse instante para perto de mim um rapaz bonito, moreno de cabelo grande (parece um estudante de faculdade que está sempre com violão) e sorri para mim. Eu me levanto e ele pergunta quantos anos eu tenho. Eu estranho, mas o respondo, 37. Ele sorri e pergunta meu nome e eu digo: você está muito curioso, quantos anos você tem? Ele me responde: 19. E faz menção de sair. Só que eu chego perto dele e pergunto a razão de tantas perguntas e ele me diz que quer me conhecer melhor. Ele me olha bem nos olhos. Ele diz que é de Leão, eu dou um sorriso e digo que é meu ascendente. Ele me olha e me beija rapidamente. Vejo que ele tem um cigarro de maconha na mão esquerda e mesmo jovem, parece ter mais de 19 anos. Daí ele sorri e resolve me dar um beijo mais demorado no mercado.

Thursday, June 04, 2015

Tits on the radio

O Ti me chama para acompanhar uma de suas  aulas. A sala me lembra a da terceira série no Angelorum. Eu me sento em uma das carteiras, junto com a moçada, que me observa e estranho o fato de não ter sido apresentado à turma.

Ele passa um exercício. Vejo que enquanto faço alguns alunos hesitam. Daí uma explicação é dada no quadro, acredito que tenha fórmulas. Eu rapidamente resolvo os exercícios que ele me deu, exceto a última questão, em que sei a resposta, mas o espaço da filha é muito pequeno, apertado e eu tendo encaixar as palavras ali da maneira que eu posso.

Depois da explicação eu me junto a ele e digo-lhe que se é uma aula sobre reprodução, seria legal ver com a turma que nomes eles atribuem ao órgão sexual feminino e depois o masculino. Penso em fazer isso, mesmo com o tempo da aula acabando. Ele me sugere que eu faça isso com a turma quando finalmente sou apesentado. Acho que pelo fato de ser a primeira vez que a turma me vê, o exercício não funcionaria, mas ainda assim me apresento. Os alunos me fazem perguntas, sobre o que faz um psicólogo social e este sonho termina comigo explicando a diferença entre a linha americana e a francesa da área.

Ps: A trilha sonora desse sonho foi "Tits on the radio" do Scissor Sisters,

Saturday, April 04, 2015

Soft Porn

Estou na casa da minha amiga junto com C.E. Percebo que ele me olha o tempo todo e não me lembro ao certo se a esposa dele está por ali ou não.

Ele se aproxima de mim, me olha me desejando, mas ao mesmo tempo se esquiva. Passo por uma série de cômodos do apartamento, que agora se parece com uma casa na beira da praia, com espaços abertos. Nós dois observamos se há mais alguém por perto.

C.E está sem camisa e reparo que, diferentemente da realidade, seu corpo é peludo. Eu começo de leve a tocar na gordura que ele tem para os lados da barriga até começar a alisá-lo na barriga e no peito. Ele faz um sinal de estranhamento no começo, mas percebo que é um jogo, que ele realmente quer aquilo de mim. Continuo alisando-o até que ele finalmente ele me olha e o beijo. Rimos, porque ele se lembra de que já tínhamos nos beijado uma vez antes, sendo aquele o primeiro beijo que ele deu em um outro homem (havia perguntado a ele como ele se sentia em beijar um homem). Depois volto a beijá-lo de novo e dessa vez o beijo é bem mais intenso.