Tuesday, April 10, 2007

Faxina

Estou no apartamento da dona Nina, mas na realidade é o novo lar do Luis e a Lena. Estou com ele em momento completamente romântico, troca de carinhos, afagos e beijos na sala de jantar próximo ao carrinho de chá que ela tinha. A Lena aparece com uma vassoura na mão e diz para sairmos dali pois ela está fazendo uma faxina - consigo ver a poeira acumulada dos outros cômodos- e que vai precisar limpar ali. Me sinto inútil por não estar ajudando-a, mas ela faz a faxina com vontade. Dou-lhe um abraço e olho nos olhos dela e digo o quanto ela é bonita. Ao mesmo tempo ela fica maravilhada pelo fato de eu ter expressado afeto de uma forma tão espontânea, coisa com a qual não estava acostumado a fazer...

Monday, April 09, 2007

Fachada


Espero o ônibus no ponto aqui de casa. Há 2 ou três idosas comigo no ponto. Quero ir para Copacabana, mas em princípio espero pelo ônibus que vai pela orla porque é mais rápido. Um ônibus passa por fora e o 572 - que não vai pela orla - pára porque as senhoras fizeram sinal, embora ele pare um pouco mais na frente. Elas vão para o ônibus, que está um pouco cheio mas com lugar para sentar e decido ir com elas. O motorista abre a porta de trás para elas entrarem mas elas decidem entrar pela frente, passar pela roleta usando o RioCard. Faço o mesmo. Olho para o ônibus e percebo que há um lugar vazio com a alça de trás pintada em vermelho - que é assento especial para idosos, gestantes e deficientes- e tem outros lugares vazios na parte de trás do ônibus. Retiro o meu RioCard do bolso que está em forma de bexiga de aniversário e decido colocar no bolso e não na carteira enquanto sento. Ao meu lado vejo a Suzy ajeitando a "bexiga RioCard" dela enquanto vejo um video explicativo sobre como conservar aquele cartão. Fala que devemos sempre puxar a ponta superior da bexiga para evitar que a mesma resseque, e vejo a Suzy fazendo isso. Fala que devemos conservar o cartão na carteira para evitar ressecamento e decido fazer isso, enquanto na rua vejo um homem que aparentemente cortou a sua bexiga sem danificar o chip interno que permite a leitura do cartão.

Enquanto o ônibus passa vejo uma fila enorme e pessoas revoltadas próximo ao Edifício Seabra na Praia do Flamengo. Dois prédios antes do Seabra para ser exato. Ali funciona uma repartição - será que é para retirar o RioCard? - que se encontra fechada. Ao que parece as obras no edifício Seabra- que apresenta uma janela no último andar estilhaçada- acabaram forçando ao abandono do outro prédio onde funciona a tal repartição.

Do ônibus eu fito a paisagem da orla de prédios e me lembro do Alex falando de como o "skyline" do Rio é cinza embora sejamos uma cidade tropical. Olho para a parte de trás do ônibus e vejo o Centro da cidade com a vista panorâmica cinza. E comento com alguém que aquilo era para imitar americanos sem respeitar a nossa identidade. Mais à frente no edifício branco perto da farmácia há pedreiros retirando o reboco branco do prédio e mostrando o colorido original (vermelho). Alguém dá entrevista para uma emissora de TV, algo como o RJTV e fala da iniciativa da prefeitura em recuperar a estrutura original dos prédios. Ele comenta que não pode fazer de todos os prédios de forma imediata, mas que essas reformas darão um novo visual para a orla da praia, aproveitando a luz solar que refletirão bem as cores, já que se trata de um país tropical e o colorido dos prédios tem mais a ver com as nossas características.

Em seguida estou em casa digitando um texto para colocar no blog criticando um hábito carioca de dizer que São Paulo é uma cidade cinzenta e que nós com todo o sol, diferente da outra capital, não aproveitamos o potencial e deixamos tudo cinza. E que mesmo em São Paulo que tem uma aparência cinza vi uma presença maior de prédios coloridos do que no Rio. Na minha cabeça vem a imagem de um prédio moderno com uma pilastra inclinada vermelha, um pouco parecido com o MASP, só que menor e em uma rua bem arborizada.

Sunday, April 01, 2007

Entertainment Tonight


Planejo o meu novo programa. Fofocas de celebridades. Penso em traduzir direto do Entertainment Tonight (ET), por causa da logomarca em colocar uma frase em português com ET que fizesse sentido...algo iniciado com "eu". Lembro-me do TV Fama e digo que quero um programa diferente, apesar de ser o mesmo tema. Nada de imagens vagabundas em slow-motion do Big Brother Brasil. Um outro lado meu pensa em filmar as imagens direto do computador, via you tube, mas digo que não. Todas essas idéias passam em uma televisão em uma casa. Digo que quero comentários sobre jogadores de futebol, pois isso atrairia o telespectador do sexo masculino...quero fazer algo diferente e ao que me parece o programa passará na Band.

Em seguida estão anunciando, fazendo uma propaaganda de uma nova TV por assiatura, dentro do banheiro, a Suzy Rego e o Celso Portioli em estilo SBT. Eles anunciam que você paga a assinatura por 4 reais e ganha uma cartela tipo telesena que corre pela Loteria Esportiva todo sábado. Enquanto isso eu faço xixi em um mictório que parece um grande porta-sabonete líquido quebrado, enquanto ele vai falando. Elogio o fato de do lado do mictório ter uma saboneteira (essa sim funcionando) para lavar as mãos. De repente há um outro homem moreno sem camisa - os apresentadores da propaganda sumiram- fazendo xixi ali. Beijo-lhe o pescoço e digo a ele que sairei dali pra ele ficar mais à vontade. Ele diz que não faz diferença e me faz segurar no pau duro dele dizendo-me que estava louco precisando fuder. Dou uma risada e me lembro que ele tem um grupo de amigos - são três ou quatro- e que eu já transei com todos.



Vou com ele para a cama grande em um quarto. Já não é mais o moreno, mas um cara alto, musculoso, careca (cabeça raspada). Estamos transando loucamente quando ouvimos o barulho do portão da casa. Ele diz para não me preocupar porque deve ser a Mariana, faxineira da casa. Peço para ele confirmar isso e de longe espiando pela varanda- que na realidade é um grande terraço- é de fato a Mariana. Ele vê de longe para que ela não possa vê-lo nu.


De repente ele corre do quarto e desce as escadas de madeira escuras até a sala, antes que Mariana o veja e volta com uma toalha. "Esqueci deste detalhe" ele me diz, como se a toalha fosse pra ser usada depois que a gente gozasse. A toalha tem um pedaço que emperra na porta de vidro mas ele consegue dar um jeito.

Ouvimos passos de Mariana subindo as escadas e como o vidro é transparente precisamos cobrir com algo para que ela não nos veja transando. Cubrimos o vidro com redes, puxando as varandas das redes para que ela não veja nada. Mesmo assim ela sobe e eu fujo para o pequeno banheiro que há no quarto.

Mariana cisma com o cara de que começaria a faxina no banheiro. Para que ela não me veja eu vou me afastando e tentando me esconder por trás de varandas de rede. Em vão...porque ela se aproxima cada vez mais. A minha solução final é lançar um raio desintegrador nela que a envia para uma chamada quarta dimensão, onde não há nem comprimento, nem largura nem altura. Ela se desintegra e o cara fica preocupado. Eu digo-lhe que ela ficará ali temporariamente e que depois que terminássemos ela voltaria e se esqueceria de toda a cena voltando para o mesmo ponto em que ela estava antes, isto é, o momento em que ela entra na casa. Digo a ele que ainda poderia usar outro raio, mas que como ainda estava lendo o manual de instruções eu só sabia usar aquele raio desintegrador. E voltamos para a transa.