Friday, May 03, 2013

Paraquedista


Estou no Catete, em algum ponto da rua Correa Dutra e olho para o céu. Há duas luas nele, uma em fase minguante e outra cheia. Dali penso que na verdade é uma lua só e que a "cheia" é reflexo da "verdadeira".

Daí a lua "falsa" murcha como um balão e vejo a silhueta de um homem descendo de pára-quedas. No começo parece que ele vai cair direto no chão, mas uma pausa me indica que o pára-quedas vai se abrir e é o que acontece. Uma linha da "lua" falsa passa pelo meio da verdadeira.

Vou em direção ao provável local da queda, que presumo ser perto de onde eu morava. Ao chegar lá, estou  na antiga rua em que eu morava e há uma grupo de pequenas pessoas. Eu mais alto aceno para o paraquedista, que faz um sinal de que está tudo bem. Mas tento me aproximar dele enquanto pessoas do grupo o cumprimentam. São taxistas e caras da Rádio Globo que estão bem próximos à esquina da Ladeira de Nossa Senhora da Glória.

Então consigo chegar perto do paraquedista, que tira o capacete. Diferente da silhueta, que me mostrava um homem magro, vejo um homem de cerca de 40 anos, narigudo, forte, parrudo, como quem fizesse musculação. E ele está vestido com macacão parecido com os de piloto de corrida, com patrocínio da Red Bull (o touro vermelho é evidente). Ele me cumprimenta e diz que essas coisas são que dão estímulo para o trabalho dele. Comento algo sobre heroísmo e ele me abraça. Sinto o toque do pau dele na minha perna e percebo que tem "volume". Ele vai embora e volto pra casa, dessa vez já em Araruama, no trevo da Vassourama em direção pela estrada.