Sunday, September 13, 2020

Fala, Galvão

 Eu estou assistindo a um jogo de futebol na tv, narrado pelo Galvão Bueno. O jogo acontece durante a noite e parece ser da seleção francesa de futebol ou algum time local daquele país. Eu estou vendo o jogo normalmente, quando a câmera muda o enquadro para perspectiva em primeira pessoa, em posição horizontal. Eu acho que aqulo será breve, mas noto que esse enquadramento dura mais tempo que o comum e aquilo me deixa irritado. De repente não estou mais assistindo ao jogo, eu estou no campo.

O campo está em um lugar claro, é dia. E ao invés de ter uma aparência de um grande campo de estádio de futebol, ele parece com um campinho de bairro, com muitas flores perto dele e os jogadores franceses, também pretos, estão jogando ali, enquanto observo na posição do gol.E aí penso: engraçado que ao vivo o jogo é mais simples, não parece ter aquela pompa toda que há na televisão.

Ao lado do campo há um cemitério com lápides brancas, também sob a luz do sol.Só que acima deste cemitério há uma grande construção, como se fosse um camarote em forma de nave e ali é noite. Ali estão os espectadores do jogo. Eles estão mais distantes do campo para não atrapalhar. Eu me surpreendo, pois sempre achei que os espectadores estariam mais próximos.