Monday, January 16, 2006

Corredores, ruas e cidades


Eu estava na casa do meu avô, em um corredor igual ao da casa do meu tio Paulo no Paraná. Há 3 cômodos: o primeiro é uma cozinha onde minha tia Zilda prepara algo (ela está em pé em frente ao fogão mexendo algo com a colher de pau), o segundo é um depósito para guardar coisas velhas e amontoadas e o terceiro é um quarto limpo, bonito. A minha bolsa com minhas roupas estão nesse quarto. Meu tio Geraldo se aproxima da casa junto com seu filho Ricardo e a faxineira começa a limpar a casa, inclusive o tal depósito. A impressão que eu tenho é que meu tio bebeu cerveja e está um tanto bêbado, mas mantém-se firme. Vou para o quarto pegar as coisa para tomar um banho, mas o banheiro (que era fora do corredor) está prestes a ser ocupado pelo meu tio que está no tal quarto com meu primo. E minhas coisas não estão mais nesse quarto, estão no depósito.

Ao chegar no depósito encontro minhas coisas e uma toalha azul em cima da minha bolsa. O depósito está limpo transformado em quarto. Ação da faxineira. De repente percebo que há um cano na parede que serve como chuveiro. Tomo meu banho ali mesmo, me seco e saio de cueca pela casa.

(...)

Já estou vestido e ouço comentários sobre Brasília. Meu pai comenta algo enquanto minha mãe fala de como chegou no Cristo Redentor subindo uma rua no Jardim Botânico. Vejo imagens de Brasília: dois prédios finos como o do Congresso, sendo que um é bem maior que o outro. Na entrada deles há um portão com o número quatro e vejo ao fundo a torre de tv. Meu pai comenta algo sobre ela.

Luis Antônio aparece e eu falo mal de Irreversível para ele. Ele some e vou para a rua.

Andando pela rua entro em uma lanchonete. Estou em São Paulo e um rapaz com o sotaque me pergunta como vou querer o cachorro quente. Pergunta pelo tipo de pão e se o molho é de um jeito que desconheço ou piri-piri. Escolho pelo piri-piri pois desconheço o outro, mesmo sabendo que piri-piri é um tipo de molho apimentado que os portugueses usam nas sardinhas. Ele prepara, coloca a lingüiça partida no meio (uma parte para cada metade do pão) e coloca ali o que falta. Eu estranho a falta de purê de batata, já que em São Paulo eles colocam purê no cachorro-quente, mas o rapaz fala que ali não há.

Meu pai aparece e diz que é para eu comer um só sanduíche. E elogia um sundae feito pela minha irmã antes de eu chegar lá. Ele avisa que eu perdi o sundae porque cheguei tarde, e eu vejo uma imagem de sorvete sobre um copo, como na propaganda do Mc Donald's. Parece que o sorvete ficou bom porque foi servido com um molho apimentado.

Saio da lanchonete e continuo caminhando pela rua. Estou na Visconde de Pirajá e tenho que ir até a Anibal de Mendonça. Estranho em princípio o fato de estar a poucos quarteirões da Anibal, pois quando era criança desci no começo da Prudente de Morais e andei muito para chegar lá. Comento isso com meu pai e eu digo que quando a gente e criança ás distâncias parecem maiores do que elas são.

Minha mãe andando na frente com o meu pai e eles entram na Sebastião de Lacerda em direção ao Corcovado. Eu olho a rua, que mais parece a Rua Faro no Jardim Botânico só que invertida e no alto vejo a estátua do Cristo sobre o Corcovado e , na rua pequenos prédios brancos.

Continuo a minha caminhada pela rua e na saída do metrô há alguns camelôs vendendo coisas, mas escondendo sob a camisa quando aparece a Guarda Municipal. Mas alguns guardas me parecem coniventes com o camelôs.

Ao passar por um deles que está na frente de um tapume de madeira, ele me dá um sinal como se me avisasse quando um doido apareceria. Eu confirmo e continuo a caminhada e olho para trás. Vejo que o louco se aproxima para dar um susto nele por trás do tapume mas não tenho tempo de avisá-lo. Mas nada acontece. Continuo a caminhada tentando disfarçar o olhar das velhas que passam na rua, com medo de estar sendo cúmplice do camelô e de algo errado, embora as velhas sequer me reparam.

Chego na parte alta da rua e encontro o Guto. É aniversário dele e vou lá dar um abraço nele. Ele fica feliz pois não esperava me encontrar ali. Ele me abraça quando aparece um amigo dele e ficamos os três abraçados. Aparece também o irmão gêmeo do Guto, aliás já o tinha visto antes, mas conseguira distinguí-los. O Laerte pede para tirar uma foto de nós quatro quando vejo um antigo colega de colégio. Guto me diz que ele falara que me conhecia. Eu cumprimento mas suspendo o corpo dele, rodo e atiro longe, pois o Guto me dissera antes que ele fizera piada sobre a minha preferência sexual.

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