Sunday, February 05, 2012

A Duna


O casal de namorados no cemitério. Lá de cima ele vê a Lagoa, parece com a de Araruama em que a água azul faz um belo contraste com a areia branca em uma de suas enseadas à direita. Está preocupado, pois os pais estão se separando e ao que parece a mãe vai morar em uma cidade e o pai em outra. Só que ao que parece a outra cidade é a mesma onde ele está com a namorada, isto é, vão morar na mesma casa e ele se preocupa em saber como vai se adaptar a isso.

Lá mesmo do alto do cemitério junto com a namorada - cabe lembrar que essa ação ocorre durante o dia - ele vê uma trilha saindo do cemitério e lá embaixo ele vê que o pai está na cidade a sua procura. Ele não quer que o pai o veja com a namorada (parecida com a Jeniffer Lopez) por conta de diferença social entre eles, ele é rico, ela pobre. Então ele tem uma ideia de fugir pulando o muro da parte de trás do cemitério.

Ela pergunta a ele se vai dar certo, ele diz que sim que é um velho truque que ele usava quando criança para matar aula e que aquilo sempre dava certo. Eles partem para pular o muro só que do outro lado o pai dele já está lá e diz:

- Sabia que iria te achar aqui. Você sempre fugiu por aqui. Você é muito previsível.

Ela reclama, diz que ele deveria ter saído pela parte da frente do cemitério, passando pelo portão. Resta a ele sair com ela resignado com a ordem do pai para voltar para casa.

O que era uma volta resignada parece agora uma fuga. Eles estão passando por uma enorme duna que beira a lagoa e ao subir pela duna, no sopé, a moça fala qualquer coisa ruim sobre o pai dele. Ele a alerta dizendo que o pai tem câmeras de vigilância por todas as partes e dá um exemplo mostrando uma fita em VHS que está na areai, dizendo que cada fita daquela é um registro dessa vigília.

Há uma brincadeira metafórica em que ele imagina o pai recebendo essa fita do céu. Como se São Pedro ao invés da chuva comum, fizesse cair algumas fitas de vídeo do céu a pedido dele (o pai). Ela mais uma vez entra em dúvida pois um pai rico nos dias atuais usaria meios eletrônicos ao invés de fitas VHS.

Nesse momento é possível ver o pai se agachando pelas dunas atrás de cartões de memória ou algo parecido. Isso não fica claro.

Lá em cima, no alto da grande duna, o pai do rapaz conversa com seu pai (avô do jovem). Nesse momento pela conversa o pai já não é pai do rapaz e sim da moça que não é mais adulta, mas uma adolescente, que já não tem mais a aparência da Jenifer Lopez.

O avô parece saber muita coisa, enquanto conversa com o pai, preocupado com o fato de uma moça nova estar saindo com muitos rapazes, ao que o avô responde:

- Está preocupado? Ela já ficou com 500 rapazes.
- Está vendo pai, o motivo da minha preocupação, sendo ela tão jovem assim?
- Não a repreenda nem a controle. Eu na idade dela fiz a mesma coisa - o avô dá uma risada irônica para o filho dizendo que tinha ficado com 500 rapazes.
- Pai, isso é coisa que se diz a um filho?
- Estou só dizendo os fatos.

Ps: Durante a subida do casal pela areia eu ouvia uma das músicas dos Pet Shop Boys cujo nome eu havia me esquecido completamente. Ao acordar procurar pela música eu googlei a parte da letra que eu me lembrava "now it's the time of our lives..." Sendo que ao acordar me vinha a mente a parte "It's always forever in Heaven" em que o paraíso parecia ser essa grande duna com a lagoa sob o ponto de vista do pai. E a minha surpresa em saber como o inconsciente guarda informações.

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