Sunday, August 17, 2008

Xampu Champanha

O tempo está para amanhecer e passo pela rua principal de Araruama onde tem o comércio. Vejo a lagoa e o sol longe ameaçando nascer em um céu roxo. Estou indo para padaria e , no caminho, olho para a lagoa e começo a cantar uma música cuja letra e melodia me esqueci agora. O tema era uma exaltação à cidade e criticava os que falavam mal dela. Usava uma metáfora da mão que tenta plantar uma semente, mas que a aperta demais, sufocando-a e ao jogá-la na terra a semente não dá frutos. Posso ver a lagoa um tanto aterrada, mas não por muito tempo. A música começa a ser cantado por várias pessoas na rua e vira uma espécie de hit local. E finalmente, chego na padaria com meu pai.

A fila é grande e no balcão peço 100 gramas de uns salgados, embora quisesse pedir 200. Espero bastante tempo enquanto a menina já separa o salgado e os pães dos demais fregueses que, em tese, o receberão quando pagarem no caixa.

Chego no caixa, faço o pagamento incluindo mais alguns pães. Volto com a ficha na mão já picotada – fato que eu estranho, mas entrego-a assim mesmo para a balconista. – e recebo os pães e pergunto pelos salgados. Ela me diz para esperar, pois a lanchonete ali perto ainda não tinha preparado tudo. Confirmo com ela “então, quando os salgados acabam aqui vocês encomendam de lá? Ela responde afirmativamente, apesar de eu estranhar o fato dela já tê-los embalados antes enquanto olho alguns salgados de massa folheada no balcão já murchos. Também há uns mini-hamburgueres e aponto-os para o meu pai.

No fim, já saindo da padaria olho para algo na vitrine, mas não estou bem certo do que é. Então começo a cantar, repetida vezes, para alguém que está junto comigo (acho que é o Alexandre) :

“Olha que bonito, mas que coisa mais legal”.
Xampu champanha do Senegal”
Ele observa pelo muro baixo da casa alguns homens jogando bola no terreno em frente. Vários lhe apetecem. Para lidar com o desejo, coloca o pau para fora e masturba-se, discretamente por detrás de uma das pilastras do muro. Um dos jogadores repara, comenta qualquer coisa e ele tenta, em vão, disfarçar. O jogador diz que está com vontade de fazer xixi e pergunta se há um banheiro disponível.

Ele conduz o jogador que vai à frente passando pelo corredor até chegar o quarto. A ordem é “siga direto e entre na última porta à direita”. As outras portas, dos outros cômodos, em especial a do quarto dos pais, estão fechadas. Isso lhe dá uma segurança de ninguém verá o estranho dentro de casa e fará perguntas a respeito dele. O jogador encontra a porta e, enquanto mija, ele arruma uma desculpa para ver o jogador. A porta do banheiro está aberta e ele, disfarçando que está pegando uns papéis na cômoda em frente ao banheiro, repara o pau do jogador. O jogador dá uma risada safada e ele começa a se masturbar, tal como fizera antes no muro. Diante disso, o jogador mostra o corpo inteiramente nu e faz o mesmo. Os dois se beijam, nus e se jogam na cama, se beijam ardentemente enquanto o pau de um roça no do outro.

Mísseis

Um míssil é disparado em hora errada e vai em direção ao espaço sideral sem rumo. O radar está em meu quarto e vejo junto com minha irmã, a notícia na TV sobre o lançamento do míssil. Está nas minhas mãos a forma de resolver o problema: lanço outro míssil em forma de caneta chamado “Patriota”. Na hora tanto a notícia na TV e eu comentamos que é o mesmo míssil que foi usado na Guerra do Golfo contra os scuds iraquianos e acho estranho chamar de Patriota um míssil que não é brasileiro. No entanto, o lanço e ele segue, segundos depois, o primeiro míssil.

Resta uma dúvida: será que o primeiro míssil foi lançado à velocidade da luz, tal como o segundo? Se assim for a interceptação se tornará impossível, já que não há velocidade maior que a da luz. Estou com a esperança de que não haverá problema e, próximo à lua já vejo o segundo míssil bem próximo ao primeiro.

MSN

Ando pela noite em tom de roxo mais escuro e alguns prédios que parecem abandonados e com névoa em volta. Chego em casa e ligo o computador, que já está com a Internet discada funcionando. Ao abrir o MSN vejo que há uma série de recados pendentes. Estou em meu antigo quarto.

Vejo um recado do Kladno e outro do Osmar. O Osmar tem uma mensagem dizendo que está de viagem marcada e que é para as pessoas do Rio se prepararem que ele está chegando. Troco algumas palavras com ele enquanto vejo outro recado pendente do Tinho. A passagem de ônibus na cidade dele aumentou 1 real e ele tinha achado que antes eu tinha achado que esse aumento era coisa pouca. Ele ironiza na mensagem e diz que o atual prefeito é pior que a prefeita Ana (acho que era esse o primeiro nome dela) Maltarolli. Eu respondo dizendo que em hipótese alguma acharia pequeno um aumento de R$ 1 na passagem.