O tempo está para amanhecer e passo pela rua principal de Araruama onde tem o comércio. Vejo a lagoa e o sol longe ameaçando nascer em um céu roxo. Estou indo para padaria e , no caminho, olho para a lagoa e começo a cantar uma música cuja letra e melodia me esqueci agora. O tema era uma exaltação à cidade e criticava os que falavam mal dela. Usava uma metáfora da mão que tenta plantar uma semente, mas que a aperta demais, sufocando-a e ao jogá-la na terra a semente não dá frutos. Posso ver a lagoa um tanto aterrada, mas não por muito tempo. A música começa a ser cantado por várias pessoas na rua e vira uma espécie de hit local. E finalmente, chego na padaria com meu pai.
A fila é grande e no balcão peço 100 gramas de uns salgados, embora quisesse pedir 200. Espero bastante tempo enquanto a menina já separa o salgado e os pães dos demais fregueses que, em tese, o receberão quando pagarem no caixa.
Chego no caixa, faço o pagamento incluindo mais alguns pães. Volto com a ficha na mão já picotada – fato que eu estranho, mas entrego-a assim mesmo para a balconista. – e recebo os pães e pergunto pelos salgados. Ela me diz para esperar, pois a lanchonete ali perto ainda não tinha preparado tudo. Confirmo com ela “então, quando os salgados acabam aqui vocês encomendam de lá? Ela responde afirmativamente, apesar de eu estranhar o fato dela já tê-los embalados antes enquanto olho alguns salgados de massa folheada no balcão já murchos. Também há uns mini-hamburgueres e aponto-os para o meu pai.
No fim, já saindo da padaria olho para algo na vitrine, mas não estou bem certo do que é. Então começo a cantar, repetida vezes, para alguém que está junto comigo (acho que é o Alexandre) :
“Olha que bonito, mas que coisa mais legal”.
Xampu champanha do Senegal”
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