Estou na frente de um portão que dá acesso a um terreno baldio e reconheço que ali funciona uma universidade. Éa USP, embora nada se parecesse com ela. Alguém do lado de fora do portão pergunta a dois rapazes com uniforme de educação física - um calção azul e camiseta regata branca - se ali funciona o curso de Educação Física da USP. Os rapazes do lado de dentro confirmam. O que estava do lado de fora pergunta algo sobre o currículo, algo que tinha a ver com um currículo mais avançado, mas os meninos, com cara de estudantes secundaristas dizem que o ensino ali é técnico e com a aparência de uma aula de Educação Física comum, como as que acontecem nas escolas.
Enquanto isso percebo uma incoerência: no fim do terreno vejo o mar e digo aos rapazes que ali não pode ser São Paulo, pois existe a praia. Penso estar em Santos. Entro pelo portão, atravesso o terreno gramado - mal cuidado- e vejo a praia. Da areia observo o mar e fico com medo de um outro sonho meu recorrente: penso que virá um grande tsunami. Todavia o que ocorre é que as ondas vão atingindo distâncias maiores da faixa de areia à medida em que vou recuando. Me afasto e a água cobre mais areia, até não restar nenhuma faixa de areia e, então, começo a subir os degraus de pouca altura e bem largos que separam o terreno da praia.
Cansado de sentir medo, olho para o mar e digo "ei, peraê, esse sonho é meu, então sei que este mar sou eu". Comparo com o sonho dos ets, e decido encará-lo de frente e então o mar se abre em duas colunas, como a mítica passagem de Moisés pelo Mar Vermelho. Passo, mesmo com o receio de que as colunas se desfaçam e eu morra afogado. Vou em direção ao sol, no fim do horizonte. Quando me aproximo do sol vejo uma bola escura , com alguns pontos brancos, se assemelhando ao mapa celeste. Decido entrar dentro desse buraco-sol. De repente acordo em uma cama de hospital em um cenário que lembra a cozinha da casa da minha tia em Anchieta. Os médicos dizem que eu saí do coma. Tiro o tubo que está em minha boca e decido andar até outros cômodos do tal hospital, mesmo sabendo que deveria ficar em observação. Encontro outros homens negros em uma espécie de box, nus e enquanto eles respondem a algumas perguntas de alguém -seriam médicos? - vamos nos tocando, até a pessoa que faz as perguntas sair e ficarmos os três nos tocando.
Friday, June 29, 2007
Run to the sun
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