Sunday, July 18, 2010

Caramelo

Estou na fila das Lojas Americanas. Vejo que tenho uma nota de 10 reais depois de ter passado 5 para a Fabi. Compro um pacote com balas de caramelo da Nestlé. Julgo o preço ser caro, acima de dois reais, mas tenho comigo uma nota de 10 que poderá cobrir o preço. Várias caixas, todas mulheres de óculos, rápidas em seu serviço, porém tenho tempo de tirar minha nota quando e minha vez.

Para minha surpresa descubro que tenho uma nota de 5 reais e com ela pago o caramelo, mesmo sem saber o preço. A caixa passa o preço pelo leitor e fica assustada com o preço, mas não me diz o valor. Vale notar que na loja todos os dados antes da minha vez eram digitados e cada tecla digitada fazia um barulho e as compras eram registradas em telas médias para que o supervisor da loja pudesse ver algo caso fosse chamado numa emergência. No entanto, penso que aquilo tira a privacidade das pessoas, pois mesmo sem ver o preço, as outras pessoas na fila sabem item por item o que o cliente está comprando.

Ao pagar a caixa chama as outras mulheres para saber porque o valor do caramelo é mais caro e me pergunta se é daqueles que desmancham facilmente na boca e digo-lhe que não e que o sabor dele é superior. É uma bala de pouca fabricação atual e por isso ela é mais cara. Ela abre o pacote, pega uma bala e distribui outras duas ou três para suas colegas de trabalho, como se fosse perfeitamente natural. Eu fico com raiva e com medo de parecer mal educado.

(obs: nesta mesma noite tive um outro sonho no qual conversava com a Fabi e dizia-lhe da minha necessidade inconsciente de agradar meus pais, mesmo sabendo que não há exigência deles em relação a isso e como transfiro esse comportamento em outras áreas da minha vida e nele meus pais dizem que essa minha necessidade não tem motivo)

Daí eu digo-lhes: vocês vão ressarcir ou diminuir o preço das balas, pelo fato de vocês estarem pegando-as? Elas ficam sem graça e me dão o troco e vejo várias moedas de 1 real e 25 centavos na mesa branca de uma delas, mas que ficava mais atrás.

Ao sair estou na rodoviária e vejo um ônibus todo fumê prestes a sair. Vou correndo para confirmar a parte da frente e vejo que é o Bacaxá. Eu bato na porta fechada para entrar e o motorista me ignora e arranca com o ônibus e eu grudo na porta. Antes de fazer a primeira curva no terminal ele pede que eu saia da porta para abrí-la e eu entrar. Eu faço isso e entro.

Ao mesmo tempo outro eu sai correndo atrás deste mesmo ônibus, ele vinha mais atrás e o perde.